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AS MÃES, ETERNAS CONSELHEIRAS E SOFREDORAS!!!



Eita criaturas sofredoras são as mães!!! Passam nove meses gerando uma criança, enfrentam as dores do parto traz a nova criatura ao mundo, aí se diz ‘fulana descansou”, pelo menos era assim que se dizia no sertão antigamente.

Descansou?? Huuuum! Agora que ela vai ver o que é bom pra tosse gripe e resfriado e defluxo.

É amamentação ,mamadeira, banho, coloca pra dormir, canta pra acalentar, toma uma golfada azeda sempre que o neném se alimenta, troca fraldas sujas, passa noites em claro com o bebê no colo quando ele adoece, fica rezando e pedindo a Deus pra que o filho melhore, leva ao medico, dá remédio, vai ao posto de saúde para pesar e vacinar, fica de maquina fotográfica na mão esperando para registrar o primeiro sorriso, pega na mãozinha e ensina dar os primeiros passos.

Daí pra frente ele ou ela começa a andar com as próprias pernas começa outra etapa.

Pega isso aqui, empurra aquilo ali, sobe num móvel, abre as gavetas do armário, pinta e borda dentro de casa, e a mãe?

A mãe fica igual à galinha que cria pato, correndo pra lá e pra cá vigilante e atenta pronta para livrar o filho de qualquer ameaça ou perigo.

Quando o indivíduo cresce que podia ajudá-la e ampará-la

Certo dia chega perto dela e diz mãe! Vou embora aqui não está dando mais pra mim, vou procurar melhoras por esse mundo afora. A pobre mãe entre lágrimas começa a dar-lhe conselhos advertindo-o e encaminhando-o para os caminhos que levam ao bem conforme está relatado no poema abaixo em “Décimas de Patativa”.Carlos Aires

Vamos conferir!!!

CONSELHO DA MÃE PRO FILHO…

Completei dezoito anos
Disse a mamãe vou embora
Vou por em pratica meus planos
Por esse mundão afora
Vou seguir essa viagem
Levando em minha bagagem
As saudades da senhora
Fazer como um passarinho
Que alça vôo do seu ninho
Pra se aventurar na flora

Ela baixou a cabeça
Com essa decisão ingrata
Disse filho não me esqueça
Pois a dor já me maltrata
Olhei tristonho o seu rosto
Vi as lágrimas do desgosto
Descendo igual à cascata
Lamentando essa partida
Por ela já pressentida
Que estava na hora exata

Arrumou a minha mala
Com as roupas passadinhas
Foi comigo até a sala
Olhou para as feições minhas
Disse filho eu te gerei
Por nove meses o guardei
Nesse meu ventre fecundo
Isso hoje me desconforta
Em saber que a primeira porta
Eu fui quem lhe abri, pra o mundo

Ela secou minha face
Que estava umedecida
Ao se dá o desenlace
Na hora da despedida
Falando assim filho meu
Cumpra o destino seu
Por esse mundo sem fim
E disse com emoção
Veja se seu coração
Não vai se esquecer de mim

Vá em busca dos seus sonhos
E de suas aventuras
Se houver momentos tristonhos
De dores e amarguras
Jamais meu filho esmoreça
Porque baixar a cabeça
Dar margens para o fracasso
Porque por essas paragens
Vantagens e desvantagens
Dividem o mesmo espaço

Não se iluda com farturas
Que vem com facilidade
Porque entre essas venturas
Por vezes a falsidade
Se encontra ali embutida
Da forma mais atrevida
Com resquícios de maldade
Transformando a esperança
Da mais sublime bonança
Em tormenta e tempestade

Por alvissareiros traços
Três mães irá encontrar
A do céu sempre seus passos
Guia e protege onde andar
Essa que ora padece
Fica aqui fazendo prece
Para que na caminhada
Só encontre paraíso
E motivos para sorriso
Ao longo dessa jornada

A terceira mãe meu filho!!
Que está nesse patamar
Pode causar-lhe empecilho
E fazer você se irritar
Que não lhe seja problemas
Confusões e nem dilemas
Que venham a perturbar
Não leve em conta as bobagens
Pois são meras personagens
As mães de o povo falar

Às vezes são tortuosas
As curvas desses caminhos
Lembre-se que antes das rosas
Logo se encontra os espinhos
Armadilhas e maldades
Se essas más qualidades
De repente nos alcança
Mas sempre Deus nos socorre
E a última coisa que morre
Em nós é a esperança

Seja humilde sempre, filho
Sem confusão e nem alarde
Mantenha nos olhos o brilho
E também jamais se acovarde
Porque sendo honesto e forte
Acha o caminho da sorte
E obtém a vitoria
E entre jardins e pomares
Alcançará os patamares
Que vão aos píncaros da gloria

Minha bênção filho amado
Receba nesse momento
Meu coração machucado
Porém em nenhum momento
Vai lhe esquecer um segundo
Viva a vida corra mundo
E um dia quando voltar
Da floresta pra seu ninho
Terá de novo o carinho
Que a mamãe guardou pra dar

Carlos Aires 28/07/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

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