Nas estradas da vida onde andei
Pouca coisa encontrei nesses caminhos
Muitas flores eu vi, mas os espinhos
Furavam-me os pés onde passei.
Das belezas da vida não guardei
Na memória ao menos a paisagem
O destino seguido na viagem...
Nem eu mesmo conheço esse destino
Sou apenas um pobre nordestino
Que virou andarilho e retirante
Que da terra natal está distante
Dessa ausência eu pago um alto preço
Sem abrigo, sem lar nem endereço
Nem dinheiro que pague a hospedagem
O espelho que mostra a minha imagem
Revela-me a cruel realidade
Mostra a marca da dor e da saudade
Da tristeza, da mágoa e do lamento
E passando por esse sofrimento
Alimenta-me a fé e a esperança
Que em breve apareça-me a bonança
E liberte-me da fúria e tempestade
Pra que viva com mais dignidade
Eu ainda alimento a esperança.
CARLOS AIRES, 05/09/2008
VISITE-ME NO RECANTO DAS LETRAS: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=34776
Rádio Carpina Online
RETIRANTE PEREGRINO...
Postado por CARLOS AIRES às 16:41
Marcadores: POESIAS REGIONAIS (CORDEL)
0 Comments:
Post a Comment